quarta-feira, outubro 27, 2010

A soberba de Serra

Da Rede Brasil Atual

Petista vê soberba como 'vício grave' de Serra
Por: João Peres, Rede Brasil Atual

São Paulo – O deputado federal José Eduardo Cardozo (PT), coordenador de campanha de Dilma Rousseff, alertou para o que classifica como soberba do adversário José Serra (PSDB). Após o debate desta segunda-feira (25) na Rede Record, o parlamentar reforçou a linha da candidata, que chegou a pedir mais humildade ao oponente.

“Ele foi deselegante em alguns pontos. A soberba é um vício grave para quem quer ser presidente da República”, afirmou Cardozo, que defende que sua candidata se saiu melhor no debate: “Esteve muito segura. Tocou em pontos delicados. Cada vez que toca no nome do Paulo Souza, o Serra fica nervoso. Não sei o que acontece.” Paulo Souza, antes conhecido como Paulo Preto, foi diretor da Dersa durante a administração Serra em São Paulo. É acusado de ter desviado dinheiro para financiar a campanha do partido à Presidência.

Já o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, minimizou a importância que têm os debates na formação dos votos dos eleitores. Ainda assim, ele entende que, na somatória dos encontros, Serra foi o vencedor. “Debate hoje em dia não tem nocaute. As regras agora não permitem. E os candidatos se preparam para não sofrer um acidente mais drástico.”

Guerra minimizou a declaração de Dilma de que seu adversário foi deselegante. Para o senador, Serra não foi agressivo, mas “intenso.” “O pensamento de Dilma não segue uma rotina. É muito complexa a cabeça dela. (…) No debate, tem que falar de maneira muito clara, de modo que o eleitor entenda.”

segunda-feira, outubro 25, 2010

Violência virtual

Do blog Os Amigos do Presidente Lula

Violência virtual
25 de outubro de 2010

Há um modismo na praça. Artificial. Utilizado, porém, por segmento específico do mercado eleitoral. Quando pessoas da classe média consolidada - a velha classe média - se encontram, um tema surge na conversa.

"Campanha violenta, não?" Estas pessoas não saem do interior de suas casas. Consomem, contudo, doses cavalares de emissões televisivas. Envolvem-se emocionalmente com acontecimentos isolados e de nenhuma significação.

São militantes verbais de um conflito que não existe. A atual campanha eleitoral desenvolve-se com normalidade surpreendente. Os candidatos se deslocam pelo imenso território nacional. São recebidos por seus correligionários, em número equivalente ao respectivo grau de simpatia.

Nas ruas, militantes ou contratados exibem bandeiras de seus partidos e candidatos, uns próximos dos outros, entre sorrisos e sadias provocações.

Nada que indique violência. Agressão ou desrespeito.

Na verdade, segmentos remanescentes dos velhos quadros conservadores - reacionários que levaram Vargas ao suicídio - utilizam-se da tática do terror verbal para anunciar anormalidades que não existem.

É louvável e salutar o comportamento dos eleitores, em todas as oportunidades. Portam-se com dignidade e recato cívico exemplares. Não usam insígnias ou quaisquer indicativos de opção partidária.

Reservam-se para registrar suas opções pessoas na urna eletrônica. Quem viveu outras épocas e outras situações, conheceu violência contra a militância política.

Nem sempre de natureza física, mas sempre presente a coação moral representada pelos órgãos de repressão de ditaduras. O temor das palavras proferidas e suas inevitáveis conseqüências: as perseguições de todas as espécies.

Agora, os candidatos expõem - se assim quiserem - o próprios pensamento ou de suas agremiações partidárias. Ninguém o repreende. Só o eleitorado poderá definir se recebeu bem a mensagem ou a rejeitou.

A onda de histeria, presente em diminutos setores, aponta para uma regressão ao passado, particularmente para os anos cinqüenta e sessenta, quando um ódio de minorias urbanas explodia contra políticos progressistas.

É ingênuo este posicionamento. A sociedade avançou e um eleitorado das dimensões do brasileiro se movimenta com rapidez e busca os candidatos correspondentes às suas necessidades e conquistas.

Sentir medo do novo é próprio do conservadorismo. Nada se mantém estático. Tudo evolui e a sociedade não é diferente. Avança e agrega sempre novos contingentes capazes de pensar e agir livremente.

Nesta campanha, em vários momentos, retornou-se ao passado. Os chamados setores "bem pensantes" foram em busca dos argumentos mais heterodoxos.

Nada abalou a tranqüilidade do eleitorado. A paz esteve presente em todos os movimentos eleitorais. Tudo correu com exemplar regularidade por toda a parte.

Onde, pois, o fundamento para infundados temores? A concepção de artifícios recorda outros tempos, quando cartas falsas derrubavam governos.

Na atualidade, as instituições funcionam com normalidade absoluta. Os encarregados de preservar a soberania agem com respeitabilidade exemplar.

Só alguns, portanto, portadores de velhos hábitos golpistas, agora em desuso pleno, mostram-se amedrontados. Encontrarem violência onde apenas existem episódios próprios de campanhas extensas no tempo.

Os candidatos estão esgotados e o eleitorado já massivamente decidido. Só resta aguardar o próximo domingo. Os agentes verbais de violências inexistentes devem - sem dureza - digitar o número de seu candidato.

O erro de escolha, sim, indicará uma violência contra os próximos quatro anos. O resto é ficção.(Cláudio Lembo)

domingo, outubro 24, 2010

Serra - uma piada internacional. De um blog do Le Monde

Do blog do Le Monde Abracarioca traduzido para o português por galera do Onda Vermelha Brasil.

Como uma bolinha de papel transformou José Serra na piada do Brasil

Ontem à noite uma noticia da AFP tinha me deixado preocupadíssimo: Entitulada "José Serra agredido por militantes do PT de Lula no Rio", ela citava abundantemente os partidários do candidato à eleição presidencial José Serra o descrevendo como tendo sido atingido por um "objeto pesado na cabeça" durante um confronto com militantes de esquerda, "agressão" que o levou a suspender sua campanha durante 24 horas por ordens médicas. De passagem os militantes do PT eram comparados à... SS.

No entanto nas imagens que começavam a circular, Serra não parecia estar ferido e se dizia que o projétil em questão era uma simples bobina de durex.

Vinte e quatro horas mais tarde e essa "agressão" agora era a piada de grande parte do Brasil. Na verdade, vídeos mais completos apareceram e parece que o projétil era... uma simples bola de papel! Eu deixo vocês constatarem por vocês mesmo:



Evidentemente, a tentativa sem vergonha de exploração deste incidente menor pelo campo de Serra suscitou varias gozações; tantas que elas foram parar nos Trending Topics mundiais do Twitter. Vocês talvez puderam vers as hashtags satíricas correspondentes: #boladepapelfacts mas também #serrarojas, uma referêcia ao futebol. Rojas, é o goleiro chileno que ficou famoso por sua tentativa de trapacear durante um jogo das eliminatórias da Copa do Mundo de 1990: ele fingiu ter sido ferido por um fogo de artíficio lançado das arquibancadas, mas na verdade ele havia se auto-mutilado para que sua equipe ganhasse a partida. Foi o vídeo que permitiu desmontar esta armação premeditada. A analogia Serra-Rojas deveria então acabar de afundar a campanha de segundo turno do candidato do PSDB, já dada como perdida. Ainda mais agora que Lula fez sua a comparação nascida nas redes sociais, declarando que "a mensagem de Serra é pior que a de Rojas".

As escolhas são feitas e já o haviam sido com certeza feitas antes, mas este episódio nos permitiu rir um bocado às custas do candidato. A revista Carta Capital fez uma lista aqui dos melhores tweets sobre o assunto.

Se vocês quiserem participar, um jogo em flash já está disponível. Nele você ganha pontos jogando bolinhas de papel no Serra: http://mypix.com.br/fun/joguinho-acerte-o-serra/

sexta-feira, outubro 22, 2010

A violência tucana e o ódio desmedido. Eleitora do PT teve dedo arrancado a dentadas por tucana nas eleições de 2006

Como a campanha demotucana é cínica, acha que o povo brasileiro é burro e quer passar por vítima na TV depois de uma encenação armada e vergonhosa da bolinha de papel, que tal recordarmos as eleições de 2006 mostrando um exemplo da "civilidade" de alguns eleitores da classe média raivosa que votam no PSDB.

Do Terra Magazine

"Uma louca tucana me arrancou o dedo a dentadas"

Bob Fernandes

Daniela Tristão, 38 anos, publicitária, vota em Lula. No início da madrugada de segunda-feira (16), depois de ter participado de uma caminhada de Ipanema ao Leblon em defesa da candidatura petista, ela passou pelo bar Bracarense e chegou ao Jobi, no baixo Leblon. Ela, o marido Juarez Brito e um casal de amigos, Mirna e Zé. Ela e Mirna usavam camiseta com o escrito "Lula sim". Logo à chegada, foram recebidos com apupos, vaias e ofensas. Depois de discussão, Daniela pagou a conta e decidiu ir embora. Já na calçada, foi atacada a dentadas pela tucana Ana Cristina.

Leia mais:
» PT vai acionar Justiça para defender militante que perdeu parte do dedo

Durante encontro do candidato Lula com artistas e intelectuais, ontem à noite, na casa de espetáculos Canecão, no Rio de Janeiro, Daniela realizou o que ela considera "um sonho": conheceu o presidente que a levou a perder o dedo. A petista, de 38 anos, conta a Terra Magazine como se deu a briga.

Terra Magazine - O que aconteceu com o seu dedo?

Daniela Tristão - Uma tucana louca me arrancou o dedo a dentadas.

Como começa essa história?

Saí da caminhada de apoio ao presidente Lula que começou no Posto 9, em Ipanema, e terminou no Baixo Leblon, então passei no Bracarense e fomos, eu, meu marido, e os amigos Mirna e Zé, para o Jobi...

...chegando lá...

...fomos recebidos com vaias.

Por quê?

Porque na minha camiseta e na da Mirna tinha escrito "Lula sim". O clima estava pesado, e começaram a gritar: "baranga do PT", "vai embora, ladra", "cambada de corruptos", e nós nos assustamos, porque não conhecíamos aquelas pessoas. Essa mulher começou a gritar comigo, eu disse que ela era mal-educada, grosseira.

E como é que a maionese desandou?

O clima foi ficando ainda mais pesado, um senhor de uns 60 anos ameaçou me jogar um prato e nós resolvemos deixar o Jobi. Quando eu estava abrindo a porta do meu carro, a tucana louca me atacou.

Atacou como?

Começou a me morder e arrancou a última parte do meu dedo anular esquerdo. Foi uma cena terrível.

Descreva, por favor...

De repente, era um chafariz de sangue, o meu dedo no chão e a amiga da tucana louca atacando o meu marido, tentando arrancar o chapéu dele...

...e o capítulo seguinte...

...fui para um hospital da Farme de Amoedo, eles não tinham cirurgião, mas botaram o meu dedo no gelo e então fui para o hospital São Lucas, em Copacabana. Só que, como tinha sido arrancado até o osso, não teve como ser feito o implante. Agora, vou fazer um enxerto.

A senhora foi à polícia, inquérito foi aberto, tudo isso?

Tudo isso. Loucos como essa mulher não podem estar soltos nas ruas.

E agora?

Agora, hoje à noite (terça-feira), vou ser recompensada.

Como?

Estou no Canecão, onde haverá um encontro de artistas e intelectuais com o presidente Lula e eu serei apresentada a ele.

#Dilma13 e #Lula mandam recado aos internaut@s

Do #dilmanarede

#Dilma13 fala aos internaut@s



Assista ao recado de #Lula.

quinta-feira, outubro 21, 2010

Fim da tirania do monopólio da Rede Globo sobre o futebol brasileiro - vitória da democracia

Depois de 13 anos de processo, a Globo, o poder midiático mais forte e a mais influente do Partido da Imprensa Golpista, perde a tirania (monopólio) sobre o campeonato brasileiro de futebol, série A. O Brasil já vive outros tempos, aprofundar a democracia no Brasil é preciso, democratização nas telecomunicações no país já!

Do IG

Globo perde preferência na compra do Brasileiro, mas evita multa

TV e Clube dos 13 foram julgados pelo Cade em processo de preferência de compra dos direitos do Brasileirão. Em 2012, a Globo perde direito de cobrir proposta dos adversários
iG São Paulo

O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) decidiu nesta quarta-feira que a TV Globo não terá mais preferência na compra dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro a partir de 2012. Por outro lado, o departamento ligado ao Ministério da Justiça preferiu, por seis votos a um, não multar a Globo e o Clube dos 13, associação dos principais clubes brasileiros que negocia com a TV os direitos de transmissão.

O processo por prática anticompetitiva corria no Cade desde 1997, quando a TV Bandeirantes (hoje parceira da Globo) perdeu o direito de retransmitir os jogos do Brasilerão. Foi feito um acordo entre o Cade e a Globo: o fim da preferência em troca da isenção de multa.

Na prática, a concorrência já havia começado em 2008, na última negociação entre as TVs e o C13. A Globo fez sua proposta, mas a TV Record, que alardeou que faria uma oferta impressionante, desistiu na última hora. Para evitar acusação de monopólio, a Globo repassou a Band o direito de também transmitir partidas do Brasileiro.

A próxima negociação para transmissão da Série A ocorrerá no ano que vem, para as edições de 2012 a 2014. A Globo não poderá mais cobrir uma proposta maior. Os concorrentes (se houver mais de um) farão sua oferta em envelopes fechados e quem pagar mais, leva.

O Cade orientou também que as negociações sejam divididas por mídias (TV aberta, fechada e internet), o que já ocorreu na transação de 2008. Na época, a Globo fez ofertas distintas para a TV fechada (transmite jogos pelo SporTV) e pay-per-view, no qual transmite todos os jogos da competição.

A empresa também tem o direito de mostrar os gols da competição em seu site, em tempo real. O que pode acontecer em 2012 é que outras empresas, que não da Globo, consigam o direito de outras mídias. A TV pretende divulgar ainda nesta quarta-feira uma nota sobre o assunto. O C13 não vai se pronunciar a respeito.

quarta-feira, outubro 20, 2010

Classe D representa 35% dos e-consumidores que compram passagens na web

Do BOL

SÃO PAULO - A classe D está colocando o turismo na sua cesta de consumo. Esta é a constatação de pesquisa realizada pela agência de viagens on-line ViajaNet. Esse segmento da população já representa 35% dos e-consumidores da empresa.

Segundo o levantamento, os consumidores que compraram passagens nos últimos nove meses na agência têm renda de dois a cinco salários mínimos. E o tíquete médio deles é maior que o da internet brasileira.

“O aumento do poder aquisitivo, do acesso ao crédito, aliados aos baixos preços das tarifas e opções de parcelamento propiciaram esta mudança de comportamento”, avaliou, por meio de nota, o sócio fundador do ViajaNet, Alex Todres.

Ainda dentre os clientes da agência, a classe C representa 28%. E as classes A e B juntas também têm o mesmo percentual de representatividade, de 28%. Já a classe E ficou com 9% de representatividade.

Para Todres, grande parcela dos consumidores que utilizaram o serviço da agência deve ter viajado pela primeira vez de avião.

Programação

Os dados ainda mostram que grande parte dos e-consumidores que pertencem à classe D e que compraram passagens pela agência não tem o hábito de programar sua viagem, já que 70% deles compararam pacotes e passagens para viajar em até um mês.

Segundo o levantamento, 60% deles parcelaram suas compras no cartão de crédito, usando as opções das próprias companhias aéreas. “Acreditamos que preço virou commodity, ou seja, o cliente não compra mais apenas pelo menor valor, mas pela experiência vivida durante a compra”, ressalta o outro sócio fundador da agência, Bob Rossato.

terça-feira, outubro 19, 2010

Delegado Protógenes tem algo sobre as privatizações, Serra

Do IG

Convidado por Dilma, delegado e deputado federal afirma ter documentos relativos a privatizações e à gestão tucana

Andréia Sadi, iG Brasília

A presença do delegado e agora deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) na plateia ao lado do staff petista chamou a atenção de jornalistas e dos tucanos presentes ao debate da RedeTV no último domingo. Carregando uma pasta preta, Protógenes contou ao iG, nesta segunda-feira, que foi ao debate a convite da própria candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff.

O delegado afirma que foi acionado pela campanha para ajudar em “questões estratégicas” contra o adversário José Serra (PSDB). Segundo ele, o seu nome foi avalizado também pelo vice de Dilma, Michel Temer (PMDB) e a coordenação da campanha. Protógenes relatou que o convite formal de Dilma aconteceu no comício da candidata em São Miguel Paulista, SP.

“Eu sou um quadro estratégico da campanha de Dilma. Um personagem que entra para definir questões polêmicas e para investigar os pontos fracos do adversário, como a privatização, segurança pública e outro assunto que não posso revelar. Diante da insistência da reportagem, o delegado respondeu: “Vai ficar para o último debate e nocauteará Serra.”

Protógenes disse que entregou documentos relativos à gestão tucana em São Paulo e a privatizações para os coordenadores José Eduardo Dutra, presidente do PT, e Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda ontem durante o debate. “As informações serão usadas no debate”, garantiu.

Procurados pela reportagem, Dutra e Cardozo ainda não retornaram às ligações.

Dilma impecável no pior telejornalismo do Brasil - Jornal Nacional

Do Os Amigos do Presidente Lula

Dilma no pior telejornalismo do Brasil



Dilma concedeu entrevista ao Jornal Nacional, e fica cada vez mais claro o quanto o telejornalismo da TV Globo é ruim. Não sabem fazer entrevista, desperdiçam perguntas, se prendem na pequenez, e esquecem a dimensão dos problemas nacionais.

As perguntas pareceram feitas pela assessoria de imprensa de José Serra.

Fátima Bernardes começou com uma pergunta insossa sobre porque houve segundo turno.

De novo o mala-sem-alça do Bonner veio pela milésima vez com pergunta sobre o posicionamento quanto ao aborto.

Espero que amanhã perguntem também a José Serra, sobre a conversa de Mônica Serra com suas alunas contando que já fizera um aborto, e sobre ele se fingir de beato, mas, quando foi Ministro da Saúde, assinou a norma técnica do SUS.

Mas Dilma se saiu bem. Repetiu o que vem dizendo em todas as oportunidades: que é pessoalmente contra, que não vai alterar a legislação, que vai atacar as raízes sociais que leva uma gestante ao aborto clandestino, evitando que aconteçam; e que vai tratar e salvar a vida, em vez de prender, de uma mulher que chega ao hospital com hemorragia ou infecção após ter feito um aborto.

Fátima Bernardes, incrivelmente repetiu a mesma pergunta feita à Dilma no debate de ontem na Rede TV! sobre Erenice. Que coisa feia para a Globo! E Dilma repetiu a resposta: que com ela há investigação e não há impunidade. Aproveitou para repetir que, com Serra a atitude é de abafar o caso do escândalo das propinas do Rodoanel para caixa-2 de campanha.

Por fim, com centenas de declarações de Ciro Gomes favoráveis à Dilma, e detonando Serra, Bonner desencavou um único trecho de uma entrevista de seis meses atrás, onde ele falou algo desfavorável à Dilma. Nem foi uma pergunta, foi um intriga de Bonner. Apesar disso Dilma respondeu bem.

Se é para desencavar declarações antigas, espera-se que Bonner pergunte também sobre o lançamento feito por Serra de José Roberto Arruda para ser seu vice, quando ele disse: vote em um careca e leve dois.

Boataria suja demotucana: Michel Temer e o satanismo


Do Espalhe a Verdade

Michel Temer: cinco filhos, batizado na Igreja Católica e com doutorado na PUC/SP

Outro boato que infesta a rede nestas eleições é o de que o candidato à vice-presidência da República, Michel Temer (PMDB), tem ligações com o ‘satanismo’. Chantagem barata com os evangélicos!

Vamos às verdades: Michel Temer é casado, tem cinco filhos, é de família católica e foi batizado na Igreja Católica. Fez doutorado na PUC/SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), onde foi também professor. Leia mais  aqui.

O boato faz referência a Daniel Mastral, codinome de um homem que se diz ex-satanista. A invenção é de que Mastral é filho de um personagem chamado Marlon, e que essa pessoa seria Michel Temer. Leia a entrevista em que o próprio Mastral nega qualquer parentesco com o político. Vários líderes religiosos já homenagearam Temer em estados como Brasília, Minas GeraisSão Paulo.

Há outro boato que circula com a informação de que Dilma Rousseff e Michel Temer proibiriam cultos e evangelização. Mais um absurdo que pode ser desmentido aqui. Espalhe a verdade!

Central telefônica antiboatos da Dilma está em ação

Do Espalhe a Verdade

A central telefônica antiboatos da Dilma já está em ação. Agora, além de usar o e-mail espalheaverdade@dilmanarede.com.br, que já recebeu mais de 7000 denúncias, os cidadãos e cidadãs brasileiros poderão também fazer seus relatos via telefone. A lista de números disponíveis contempla todas as regiões do país, e o custo da ligação é local ou interurbano. O serviço funciona das 8h às 20h.

No atendimento, basta o usuário informar o assunto do boato ouvido e o seu conteúdo. Os relatos serão enviados para a central antiboatos e servirão como base para investigação e envio das respostas.

Confira abaixo a lista de cidades com os respectivos prefixos e telefones.

ANÁPOLIS (62) 40510808
APUCARANA (43) 40630808
ARAPONGAS (43) 30550808
BELO HORIZONTE (31) 40620808
BENTO GONÇALVES (54) 30550808
BLUMENAU (47) 40520808
BRASÍLIA (61) 40620808
BRUSQUE (47) 40530808
CAMPINA GRANDE (83) 40640808
CAMPINAS (19) 40620808
CAMPO GRANDE (67) 40620808
CAMPO MOURÃO (44) 30160808
CASCAVEL (45) 40620808
CAXIAS DO SUL (54) 40620808
CIANORTE (44) 30180808
CRICIÚMA (48) 40530808
CUIABÁ (65) 40620808
CURITIBA (41) 40620808
ERECHIM (54) 40640808
FARROUPILHA (54) 30560808
FLORIANÓPOLIS (48) 40620808
FORTALEZA (85) 40620808
FOZ DO IGUACU (45) 40520808
FRANCISCO BELTRÃO (46) 40540808
GOIÂNIA (62) 40520808
GUARAPUAVA (42) 40520808
ITAJAÍ (47) 40540808
JARAGUÁ DO SUL (47) 30540808
JOÃO PESSOA (83) 40620808
JOINVILLE (47) 40620808
JUNDIAÍ (11) 48360808
LONDRINA (43) 40620808
MARIALVA (44) 30150808
MARINGÁ (44) 40620808
MONTENEGRO (51) 30570808
PALMAS (63) 40520808
PARANAGUÁ (41) 40640808
PARANAVAÍ (44) 40630808
PASSO FUNDO (54) 40520808
PATO BRANCO (46) 40550808
PELOTAS (53) 40620808
PONTA GROSSA (42) 40620808
PORTO ALEGRE (51) 40620808
PORTO VELHO (69) 40620808
RECIFE (81) 40620808
RIO BRANCO (68) 40620808
RIO DE JANEIRO (21) 40620808
RIO GRANDE (53) 40520808
ROLÂNDIA (43) 30150808
SALVADOR (71)40620808
SANTA CRUZ DO SUL (51) 30560808
SANTA MARIA (55)40620808
SANTOS (13) 40620808
SÃO PAULO (11) 40620808
SOROCABA (15) 40620808
TOLEDO (45)30550808
TUBARÃO (48)30520808
UMUARAMA (44) 30550808
VITÓRIA (27) 40620808

segunda-feira, outubro 18, 2010

Bispo encomenda folhetos anti-Dilma

Da Charge do Alpino

Bispo encomenda folhetos anti-Dilma

Tullius Detritus: o agente da discórdia

Do Escrevinhador

Tullius Detritus: o agente da discórdia


Tullius Detritus, especialista em semear a cizânia

A figura acima, caro leitor, lembra algum personagem da cena política brasileira?

Enquanto você pensa, explico que Tullius Detritus é para mim um personagem inesquecível. Dos 10 aos 14 anos, fui leitor fanático de Asterix. Montei, com meu irmão, a coleção completa das aventuras do herói gaulês. Coleção que – tenho o prazer de constatar – hoje é saboreada por meus filhos adolescentes.

Para quem não sabe: “Asterix” é uma série de quadrinhos, francesa, que conta a história de uma aldeia de gauleses (antepassados dos franceses) que teima em resistir ao invasor romano – enquanto toda a Gália já se rendeu. A aldeia de Asterix resiste graças a poderes especiais conferidos por uma poção mágica.

Depois de usar muitas técnicas para derrotar os “irredutíveis”, o imperador Julio Cesar tem uma idéia genial: infiltrar na aldeia o agente romano Tullius Detritus. Qual a especialidade de Detritus? Semear a discórdia, a cizânia. Roma tenta dividir os gauleses para vencê-los. Essa é a história de “Asterix e a Cizânia”.

Voltemos ao Brasil.

A campanha de 2010 é, certamente, a mais suja de todos os tempos. Não é surpresa. Ciro Gomes já tinha avisado. A presença de Serra era prenúncio de jogadas sombrias, ataques sinuosos. Mas pouca gente imaginava que poderíamos chegar a esse ponto.

O Detritus brasileiro já conseguira dividir o PSDB paulista. Depois, dividiu o PSDB nacional (usando métodos pouco ortodoxos na disputa com Aécio). Agora, divide a Igreja Católica; e aprofunda certas divisões entre evangélicos – fomentando algumas denominações contra outras.

O episódio ocorrido nesse sábado, no Ceará,  chama atenção: um padre católico reagiu à presença de Detritus e à tática de distribuir panfletos  de bispos contra Dilma. O (ainda) senador Tasso (que acompanhava Detritus) bateu boca com o padre. Houve tensão e medo: um local de orações por pouco não se transforma em praça de guerra. O padre – vejam só – teve que ser retirado, enquanto petistas e tucanos ameaçavam se enfrentar!

Percebem a gravidade da situação?

Tullius Detritus semeia a cizânia – também – com essa lamentável tentativa de colar em Dilma o rótulo de “abortista”. Colocou – vejam – a própria mulher na rua, a dizer: “Dilma quer matar as criancinhas”.

Um parlamentar do PT acaba de me contar que o episódio do Ceará não é fato isolado. Em São Paulo, diz-me, teriam havido nos últimos dias (especialmente nas periferias)  vários episódios de fiéis se insurgindo contra padres, de padres discordando de textos escritos por bispos, sem contar as brigas públicas de bispos com outros bispos.

Qual o motivo? Tullius Detritus!

A campanha fétida – com apelo falsamente religioso – lançada por Detritus ameaça dividir a Igreja Católica. Basta ler o artigo de Emílio Rodriguez  - um veterano da militância católica – publicado no blog do Azenha,  para ver o tamanho da encrenca. Emílio já não suporta ver a Igreja usurpada pela campanha de Serra.

Os bispos católicos que se afundam nessa campanha de ódio têm a recompensa terrena: os seus nomes são levados para as delegacias – como aconteceu também nesse sábado em São Paulo (bispos teriam encomendado milhões de panfletos para atacar Dilma; os panfletos foram apreendidos numa gráfica, e o caso foi parar na polícia).

Enquanto isso, Tullius Detritus esfrega as mãos. Ele não se importa com os estragos, nem com o risco de lançar o país em uma guerra religiosa. Botou na cabeça que deve ser presidente da República – custe o que custar.  Para isso, não há limites. Nas última semanas, esse personagem levou nosso país até muito perto do precipício, fomentando ódio e intolerância – que já se sente nas ruas.

Também nos quadrinhos, Tullius Detritus é um personagem sombrio e perigoso. Mas, ao fim, Asterix e seus amigos conseguem derrotá-lo.

No Brasil, cabe ao eleitor dar a resposta. Não é preciso usar poção mágica. Basta o voto.

Bit.ly link http://bit.ly/9QQ2za

Brasil Atual: (Quase) tudo o que você gostaria de saber sobre as baixarias do Serra e não tinha onde achar

Do blog do Saraiva

(Quase) tudo o que você gostaria de saber sobre as baixarias do Serra e não tinha onde achar
Veja a edição especial das eleições do Brasil Atual. A tiragem do jornal será de 1 milhão de exemplares, quantidade insuficiente para atingir o Brasil inteiro. Por isso, o Limpinho está divulgando e pede para as pessoas o repassarem.
O Brasil Atual, num excelente trabalho, traz grande parte das baixarias do São José da Mooca, as comparações entre os governos FHC x Lula, as palavras de ordem de Dilma para o segundo turno e os apoios de artistas, intelectuais e do povo à candidata.
Clique nas imagens, boa leitura e divulgue!

Eu tenho orgulho desta mulher, Dilma

Vídeo com a então ministra Dilma Rousseff respondendo ao senador Agripino, apoiador de Serra e ex-apoiador do regime ditatorial no Brasil, no Senado.

Esta é a Dilma, mulher de fibra, verdadeira, devotada ao país, ao contrário do tucano fujão vendilhão que se mandou para o Chile e depois para os Estados Unidos e que hoje vive agarrado ao que há de mais podre e atrasado no país, o bastião da intolerância, a extrema-direita formada pela TFP e neo-nazistas.



Dilma lá! Dia 31 de Outubro, Presidenta do Brasil! Eu admiro esta mulher, os brasileiros de verdade admiram esta mulher!

domingo, outubro 17, 2010

Mais crimes de lesa-pátria. Reunião de FHC em Foz do Iguaçu para privatizar a Petrobras

Ex-presidente vendilhão, FHC o cabeça do PSDB no qual o Serra foi super-ministro e é agora seu candidato, já trata da venda da Petrobras, Itaipu e Banco do Brasil em Foz do Iguaçu com grupos privados estrangeiros em detrimento do país. Em mais uma tramoia contra o próprio país, seu povo, a turma da privataria quer cometer mais crimes de lesa-pátria contra o patrimônio nacional, não bastou para eles a quebradeira que eles promoveram na década de noventa.

Do Brasil Mobilizado

FHC ESTÁ ACERTANDO A VENDA DO BRASIL EM FOZ DO IGUAÇU

Laerte Braga

(DESAFIO QUALQUER TUCANO OU ALIADO A DESMENTIR OS FATOS ABAIXO. A VENDA DO BRASIL PELAS COSTAS DO POVO BRASILEIRO – SÃO CORRUPTOS E TRAIDORES)


Neste momento que escrevo, domingo, 21h31m, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso está falando, em inglês, para 150 investidores estrangeiros no Hotel das Cataratas, em Foz do Iguaçu.

O evento é fechado, a fala de FHC está se dando em um jantar e o assunto é a privatização da PETROBRAS, de ITAIPU e do BANCO DO BRASIL, além de outras “oportunidades” de negócios no Brasil.

FHC está assumindo com os empresários o compromisso de venda dessas empresas em nome de José FHC Serra.

A idéia inicial dos organizadores de realizar o evento no Hotel Internacional foi afastada para evitar presença de jornalistas.

Cada um dos investidores recebeu uma pasta com dados sobre o Brasil, artigos de jornais nacionais e internacionais e descrição detalhada do que José FHC Serra vai vender se for eleito.

E além disso os investidores estão sendo concitados a contribuir para a campanha de José FHC Serra, além de instados a pressionar seus parceiros brasileiros e a mídia privada a aumentar o tom da campanha contra Dilma Roussef.

Segundo FHC disse a esses empresários logo após ser apresentado pelo organizador do evento, “se deixarmos passar a oportunidade agora jamais conseguiremos vender essas empresas”.

Para o ex-presidente é fundamental a participação desses grupos na reta final de campanha. A avaliação de FHC é que a campanha de Dilma sofreu um golpe com a introdução do tema religioso (o que foi deliberado pelos tucanos para desviar a atenção das pessoas dos reais objetivos do candidato José FHC Serra). É preciso, na concepção do ex-presidente arrematar o processo derrotando a candidata e impedindo-a de respirar nessa reta final.

O acordo com empresários internacionais em Foz do Iguaçu envolve a instalação de uma base militar norte-americana na região, desejo antigo dos governos dos Estados Unidos.

O corretor da venda do Brasil, FHC, com toda certeza, está acertando também a comissão (propina) a ser paga caso o negócio venha a se concretizar, ou seja, a eleição de José FHC Serra.

Para o ex-presidente também não há grandes problemas com a mídia privada “sob nosso controle”, mas é preciso evitar a divulgação de notícias mesmo que sejam pequenas ou de pequenos fatos e que possam prejudicar o projeto de venda do Brasil.

Esse tipo de evento, essa fala de FHC é característica da fala de agente estrangeiro e mostra a desfaçatez tucana em relação ao Brasil e aos brasileiros.

No mesmo momento em que o corrupto e venal José FHC Serra debate com Dilma Roussef na REDE TEVÊ e fala sobre trololós petistas, FHC, seu mentor e principal corretor de vendas de empresas públicas brasileiras, negocia traiçoeiramente a entrega de patrimônio público a esses investidores.

É a opção que os brasileiros temos diante de nós.

Ou caímos de quatro e abrimos mão de nossa soberania ou resistimos e rejeitamos a quadrilha tucana.

Desafio qualquer tucano, qualquer DEM, qualquer pilantra tipo Roberto Freire, quem quer que seja, a desmentir esse fato. O evento em FOZ DO IGUAÇU e sua natureza, a venda do BRASIL!

Em debate horrível promovido pela Folha/RedeTV, Dilma vence e detona o tucano mentiroso vendilhão

Do Desabafo Brasil

Debate com a cara da Folha, horrível como ela, Dilma vence novamente o tucano vendilhão da pátria. Assista todos os vídeos do debate em dilmanaweb

Erenice, Paulo Preto e a legitimidade da mídia

Do Luis Nassif Online

Erenice, Paulo Preto e a legitimidade da mídia
Enviado por luisnassif, dom, 17/10/2010 - 12:21

Por Ivonildo Dourado

Nassif

sei que talvez esteja sendo inocente. Mas quando a ministra erenice foi denunciada a mesma afiromou que o Seu filho não se chamava \ver\õnica e sim Israel. Ela abriu o seu sigilo fiscal e telefônico e solicitou a PF investigação.

Agora surge uma denuncia com o senhor Paulo Preto, que foi acusado pela cupula tucan de desaparecer com mais de 4 milhões da campanha do Serra.

Serra disse não conhecé-lo, e após ameáca do Paulo Preto, logo logo mudou de idéia e passou a defendé--lo. Dilma afirmopu que Serra era um homem de mil caras. Com as denuncias ficamos sabendo que Serra nomeou a filha de Paulo Preto para cargo comissionado no governo paulista. Segundo a revista isto é, a mesma foi contratada com advogada das empresas que prestam serviços ao governo paulista. É fato que a família de Paulo Preto "emprstou R$ 300.000,00 ao senador eleito Aloisio Nunes.

Com tantos "indicios", pra não dizer fatos, não seria o caso de exigir do senhor Paulo Preto o mesmo comportamento da ministra Erenice. que ele abra mão do seu sigilo fiscal e telefônico e também da sua família. Cobrar com mais enfase da impresa comercial uma cobertura das denuncias.

Que tal uma discussão com relação a esses assuntos que são semelhantes e estão tendo um tratamento diferenciado por parte da mídia comercial, que como todos nós sabemos optou por um candidato.

Isso tudo com certeza compromete a liberdade de imprensa, e tende a interferir no processo eleitoral!!!

sábado, outubro 16, 2010

Programa da Dilma - Sábado dia 16 de outubro

Como sei que o blog conta com muitas visitas do exterior, para aqueles brasileiros e demais que estão fora acompanhando a campanha no Brasil pela internet e que não puderam assistir o programa da Dilma, imperdível esta edição do programa. Vamos juntos com Dilma, eleger a primeira mulher presidente do Brasil próximo dia 31 de outubro! Assistam e repassem para seus amigos e conhecidos. Abaixo o machismo da campanha demotucana!

Do blog do Saraiva

Internacionalização do Brasil é a maior entre os Brics

Do Estado de São Paulo

Internacionalização do Brasil é a maior entre os Brics

Apesar da forte expansão da China nos últimos anos, o Brasil lidera o ranking de economia mais internacionalizada entre os países do Bric (sigla para Brasil, Rússia, Índia e China). Até o ano passado, o estoque de investimento estrangeiro direto (IDE), que inclui tudo que entrou no País ao longo do tempo, somava 25% do Produto Interno Bruto (PIB) - acima dos números de Rússia (21%), Índia (13%) e China (10%).

Os dados constam de levantamento feito pelo economista Antonio Corrêa de Lacerda, professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), com dados da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad). "Os números mostram que o Brasil tem uma base instalada maior que a dos nossos concorrentes. Mais de 400 das 500 maiores empresas transnacionais operam no País", destaca Lacerda. "Seguindo essa linha, deveríamos ter uma inserção internacional mais qualificada, já que essas empresas exportam e controlam 2/3 do comércio internacional."

Na opinião de especialistas, no entanto, a posição atual no ranking de internacionalização pode se alterar rapidamente. Nos últimos anos, o volume de investimento estrangeiro no Brasil tem sido quase três vezes menor que o verificado na China, principal destino dos investidores entre os Brics. No ano passado, por exemplo, os chineses receberam US$ 95 bilhões e o Brasil, US$ 26 bilhões, segundo o estudo.

"Nossa internacionalização ocorreu quando tínhamos uma taxa de câmbio civilizada. Hoje ficou caro investir no Brasil por causa do dólar", afirma o vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro. Ele comenta que boa parte dos recursos que ingressam no País destina-se a setores ligados a commodities, comércio e logística. "Para a indústria de manufatura, vem pouca coisa ou quase nada." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

sexta-feira, outubro 15, 2010

A construção do fascismo através do ódio pela campanha de Serra

Do Esquerdopata copiado do blog Luis Nassif Online

A construção do fascismo através do ódio pela campanha de Serra

A psicologia de massa do fascismo à brasileira

Há tempos alerto para a campanha de ódio que o pacto mídia-FHC estava plantando no jogo político brasileiro.

O momento é dos mais delicados. O país passa por profundos processos de transformação, com a entrada de milhões de pessoas no mercado de consumo e político. Pela primeira vez na história, abre-se espaço para um mercado de consumo de massa capaz de lançar o país na primeira divisão da economia mundial

Esses movimentos foram essenciais na construção de outras nações, mas sempre vieram acompanhados de tensões, conflitos, entre os que emergem buscando espaço, e os já estabelecidos impondo resistências.

Em outros países, essas tensões descambaram para guerras, como a da Secessão norte-americana, ou para movimentos totalitários, como o fascismo nos anos 20 na Europa.
Nos últimos anos, parecia que Lula completaria a travessia para o novo modelo reduzindo substancialmente os atritos. O reconhecimento do exterior ajudou a aplainar o pesado preconceito da classe média acuada. A estratégia política de juntar todas as peças – de multinacionais a pequenas empresas, do agronegócio à agricultura familiar, do mercado aos movimentos sociais – permitiu uma síntese admirável do novo país. O terrorismo midiático, levantando fantasmas com o MST, Bolívia, Venezuela, Cuba e outras bobagens, não passava de jogo de cena, no qual nem a própria mídia acreditava.

À falta de um projeto de país, esgotado o modelo no qual se escudou, FHC – seguido por seu discípulo José Serra – passou a apostar tudo na radicalização. Ajudou a referendar a idéia da república sindicalista, a espalhar rumores sobre tendências totalitárias de Lula, mesmo sabendo que tais temores eram infundados.

Em ambientes mais sérios do que nas entrevistas políticas aos jornais, o sociólogo FHC não endossava as afirmações irresponsáveis do político FHC.

Mas as sementes do ódio frutificaram. E agora explodem em sua plenitude, misturando a exploração dos preconceitos da classe média com o da religiosidade das classes mais simples de um candidato que, por muitos anos, parecia ser a encarnação do Brasil moderno e hoje representa o oportunismo mais deslavado da moderna história política brasileira.

O fascismo à brasileira

Se alguém pretende desenvolver alguma tese nova sobre a psicologia de massa do fascismo, no Brasil, aproveite. Nessas eleições, o clima que envolve algumas camadas da sociedade é o laboratório mais completo – e com acompanhamento online - de como é possível inculcar ódio, superstição e intolerância em classes sociais das mais variadas no Brasil urbano – supostamente o lado moderno da sociedade.

Dia desses, um pai relatou um caso de bullying com a filha, quando se declarou a favor de Dilma.

Em São Paulo esse clima está generalizado. Nos contatos com familiares, nesses feriados, recebi relatos de um sentimento difuso de ódio no ar como há muito tempo não se via, provavelmente nem na campanha do impeachment de Collor, talvez apenas em 1964, período em que amigos dedavam amigos e os piores sentimentos vinham à tona, da pequena cidade do interior à grande metrópole.

Agora, esse ódio não está poupando nenhum setor. É figadal, ostensivo, irracional, não se curvando a argumentos ou ponderações.
Minhas filhas menores freqüentam uma escola liberal, que estimula a tolerância em todos os níveis. Os relatos que me trazem é que qualquer opinião que não seja contra Dilma provoca o isolamento da colega. Outro pai de aluna do Vera Cruz me diz que as coleguinhas afirmam no recreio que Dilma é assassina.

Na empresa em que trabalha outra filha, toda a média gerência é furiosamente anti-Dilma. No primeiro turno, ela anunciou seu voto em Marina e foi cercada por colegas indignados. O mesmo ocorre no ambiente de trabalho de outra filha.

No domingo fui visitar uma tia na Vila Maria. O mesmo sentimento dos antidilmistas, virulento, agressivo, intimidador. Um amigo banqueiro ficou surpreso ao entrar no seu banco, na segunda, é captar as reações dos funcionários ao debate da Band.

A construção do ódio

Na base do ódio um trabalho da mídia de massa de martelar diariamente a história das duas caras, a guerrilha, o terrorismo, a ameaça de que sem Lula ela entregaria o país ao demonizado José Dirceu. Depois, o episódio da Erenice abrindo as comportas do que foi plantado.

Os desdobramentos são imprevisíveis e transcendem o processo eleitoral. A irresponsabilidade da mídia de massa e de um candidato de uma ambição sem limites conseguiu introjetar na sociedade brasileira uma intolerância que, em outros tempos, se resolvia com golpes de Estado. Agora, não, mas será um veneno violento que afetará o jogo político posterior, seja quem for o vencedor.

Que país sairá dessas eleições?, até desanima imaginar.

Mas demonstra cabalmente as dificuldades embutidas em qualquer espasmo de modernização brasileira, explica as raízes do subdesenvolvimento, a resistência história a qualquer processo de modernização. Não é a herança portuguesa. É a escassez de homens públicos de fôlego com responsabilidade institucional sobre o país. É a comprovação de porque o país sempre ficou para trás, abortou seus melhores momentos de modernização, apequenou-se nos momentos cruciais, cedendo a um vale-tudo sem projeto, uma guerra sem honra.

Seria interessante que o maior especialista da era da Internet, o espanhol Manuel Castells, em uma próxima vinda ao Brasil, convidado por seu amigo Fernando Henrique Cardoso, possa escapar da programação do Instituto FHC para entender um pouco melhor a irresponsabilidade, o egocentrismo absurdo que levou um ex-presidente a abrir mão da biografia por um último espasmo de poder. Sem se importar com o preço que o país poderia pagar.

O caluniador, figura da barbárie

Da Carta Capital

O caluniador, figura da barbárie
Juarez Guimarães

15 de outubro de 2010 às 16:00h

De todas as eleições presidenciais realizadas após a redemocratização, esta é certamente aquela que a calúnia cumpre um papel mais central na definição do voto. Ela foi utilizada em um momento decisivo por Collor contra Lula, compareceu sempre todas as vezes nas quais Lula foi candidato mas agora ela mudou de intensidade e abrangência, tornou-se multiforme e onipresente.

A calúnia foi ao centro da nossa vida democrática. A senhora ao lado no ônibus me diz que recebeu a informação que Dilma desafiou Jesus Cristo em um comício realizado na Praça da Estação, em Belo Horizonte. O motorista de táxi conta que um médico lhe assegurou que um outro médico, seu amigo, diagnosticou gonorréia em Dilma.

Um e-mail recebido traz documento do TSE impugnando a candidatura de Dilma por ter “ficha suja”. Um aluno me diz ter recebido carta em casa da Regional 1 da CNBB, contendo mensagem para não votar em Dilma por ser contra a vida. Um comerciante na papelaria me diz que “não vota em bandida”. Após divulgar o resultado da primeira pesquisa Sensus/CNT para o segundo turno, o sociólogo Ricardo Guedes, afirmou que “nessa eleição, principalmente no final do primeiro turno, temos um fenômeno sociológico de natureza cultural de desconstrução de imagem. O processo de difamação, até certo ponto, pegou.” Quem conhece alguém que não recebeu uma calúnia contra Dilma ?

Houve uma mudança nos meios: a internet permite o anonimato e a profusão da calúnia. A Igreja brasileira, sob a pressão de mais de duas décadas de Ratzinger, tornou-se mais conservadora na sua cúpula e mobiliza hoje uma mensagem de ultra-direita, como não se via desde 1964. A mídia empresarial brasileira, já se sabia, vinha trilhando o seu caminho de partidarização e difamação pública, no qual até o direito de resposta tornou-se um crime contra a liberdade de expressão. Mas tudo isso não havia encontrado ainda o seu ponto de fusão: agora, sim.

O que está ocorrendo aos nossos olhos não pode ser banalizado. O caluniador é uma figura da barbárie, o sinistro que mobiliza o submundo dos preconceitos, dos ódios e dos fanatismos. A calúnia traz a violência para o centro da cena pública, pronunciando a morte pública de uma pessoa, sem direito à defesa. Perante a calúnia não há diálogo, direitos ou tribunais isentos. Na dúvida, contra o “réu”: a suspeição atirada sobre ele, visa torná-lo impotente pois já, de partida, a humanidade lhe foi negada.

Mas quem é o caluniador, essa figura de mil caras e rosto nenhum? É preciso dizer alto e bom som, em público, o seu nome, antes que seja tarde: o nome do caluniador é hoje a candidatura José Serra! Friso a candidatura porque não quero exatamente negar a humanidade de quem calunia. É o que fez, com a coragem que lhe é própria, a companheira Dilma Roussef no primeiro debate do segundo turno, apontando o nome de uma caluniadora – a mulher de Serra – e chamando o próprio de o “homem das mil caras”.

Dia a dia, de forma crescente e orquestrada, a calúnia foi indo ao centro de sua campanha, de sua mensagem, de sua fala, de sua identidade proclamada, de seus aliados midiáticos, de parceiros fanáticos (TFP) ou escabrosos (nazistas de Brasília), de sua estratégia eleitoral e de seu cálculo. “Homem do bem” contra a “candidata do mal”? Homem de uma “palavra só” contra a “mulher de duas caras”? Político “ficha limpa” contra a “candidata ficha suja”? Protetor dos fetos e dos ofendidos (como mostra a imagem na TV) contra aquela que “assassina criancinhas”, como disse publicamente sua mulher? Homem público contra a “mulher das sombras”?

O que está se passando mesmo aqui e agora na jovem democracia brasileira? Que arco é este que vai da TFP a Caetano Veloso, quem , quase em uníssomo ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, chamou o presidente Lula de analfabeto e ignorante já no início deste ano? Afinal, que cruzada é esta e qual a sua força ?

O que está ocorrendo aqui e agora é uma aliança dirigida por um liberal conservador com o fanático religioso e com o proto-fascista. Cada uma dessas figuras – que sustentam o lugar comum da calúnia – precisa ser entendida em sua própria identidade e voz. A democracia brasileira ainda é o lugar da razão, do sentimento e da dignidade do público: por isso, defender a candidatura Dilma Roussef é hoje assumir a causa que não pode ser perdida.

Liberalismo conservador: o criador e sua criatura – Nunca como agora em que esconde ou quase não mostra a imagem de Fernando Henrique Cardoso, Serra foi tão criatura de seu mestre intelectual. É dele que vem o discurso e a narrativa que, ao mesmo tempo, dá a senha e liga toda a cruzada da direita brasileira.

A noção de que o PT e seu governo ameaçam a liberdade dos brasileiros pois instrumentalizam o Estado, fazem reviver a “República sindical”, formam gangues de corrupção e ameaçam a liberdade de expressão não deixa de ser uma evocação da vertente lacerdista da velha UDN. Mas certamente não é uma doutrina local.

A cartilha do liberal-conservador Fernando Henrique Cardoso é um autor chamado Isaiah Berlin, autor de um famoso ensaio “Dois conceitos de liberdade” e do livro “A traição da liberdade. Seis inimigos da liberdade humana”. Neste ensaio e neste livro, define-se a liberdade como “liberdade negativa”, isto é aquele espaço que não é regulado pelas leis ou pelo Estado contraposto à noção de “liberdade positiva”. Quanto menos Estado, mais liberdade; quanto mais Estado, menos liberdade. Ao confundir liberdade com autonomia, ao vincular liberdade aos ideais de justiça ou de interesse comum, republicanos, sociais-democratas, liberais cívicos e, é claro, socialistas, trairiam a própria idéia de liberdade.

É por este conceito e seus desdobramentos que Fernando Henrique mobiliza o clamor midiático contra o PT e o governo Lula. É este conceito que estrutura também o discurso de Serra, que acusa o governo Lula de ser proto-totalitário. É evidente que o conceito não é passado de forma iluminista: a mídia brasileira tornou-se uma verdadeira artista na criação das mediações de opinião, imagem e notícia que se centralizam, em última instância, neste conceito. Daí ele dialoga com o senso comum.

Seja dito em favor de Fernando Henrique Cardoso: é o lado mais sombrio de seu liberalismo que vem à tona agora, na cena agônica, quando o candidato que representa a sua herança ameaça perder pela última vez. Pois este liberalismo sempre foi de viés cosmopolita, atento em seu diálogo com os democratas norte-americanos e aos “filósofos da Terceira Via”, a certos direitos inscritos na pauta, como aqueles da liberdade sexual, do direito ao aborto legal, dos gays, dos negros, da vida cultural. Mas agora para fazer a ponte com o fanatismo religioso, ele resolveu descer aos infernos: nada sobrou de progressista na candidatura Serra, das ameaças à Bolívia à moral sexual de Ratzinger?

O liberal conservador não é o fanático religioso nem o proto-fascista, aquele que julga que a melhor maneira de dissuadir o adversário é simplesmente eliminá-lo. Mas dialoga com eles na causa comum de derrotar os “proto-totalitários” de esquerda”. Como disse bem, Jean Fabien Spitz, autor de “ O conceito de liberdade”, os ensaios de Berlin trazem o sentido e a tonalidade da época da “guerra fria”.

O fanático religioso: os frutos de Ratzinger – Se a social-democracia, o republicanismo e o socialismo são os inimigos de Berlin, a Modernidade em um sentido amplo é o inimigo central do ex-cardeal Ratzinger. O programa político- teológico que veio construindo a ferro e fogo nestas últimas três décadas é centrado na idéia que é preciso restaurar a dogmática da fé contra os efeitos dissolutivos da moral emancipadora, da racionalização científica e da secularização. Este discurso político, que se fecha no fundamentalismo religioso, como bem denunciou Leonardo Boff, é, na verdade, um discurso de poder, de recentramento do poder do Vaticano.

Neste programa, não é apenas a esquerda enquanto topografia política que é o inimigo mas principalmente o processo de emancipação das mulheres. Entre a “Eva pecadora” e a “Maria mãe de Deus” não há outra identidade possível às mulheres.

A dimensão fundamentalista desde discurso não reconhece o direito do pluralismo na política, nem mesmo na linha do “consenso sobreposto” proposto por John Rawls ( a possibilidade de convergências sobre direitos, partido de um pluralismo de fundamentos). Ou se concorda ou se é proscrito, ex-comungado ou desqualificado.

É essa idéia força, que veio ganhando terreno na hierarquia do clero brasileiro a partir das perseguições à Teologia da Libertação, que agora irrompe na política brasileira, difamando Dilma Roussef. A calúnia é conveniente ao fundamentalista religioso: nesta visão de mundo, não há luz e sombra, não há e não pode haver semi-tons: quando Serra proclamou que o “direito ao aborto no Brasil seria uma carnificina”, ele estava dando a senha para a campanha difamatória da direita católica e evangélica.

O proto-fascista e seus privilégios – Todo processo político e social de democratização e de inclusão tão amplo como o que está se vivendo no Brasil provoca reações de resistência e regressão política à sua volta. Mas este também não é um fenômeno apenas brasileiro: observa-se à volta de nós fenômenos e operações muito típicas daquelas que estão sendo promovidas pela direita republicana norte-americana contra Obama ou que percorrem quase todo o continente europeu em torno ao tema dos imigrantes.

O proto-fascista brasileira não veste camisa preta nem usa suástica no braço ( embora, é claro, ninguém duvide, redes simbolicamente ostensivas estão em ação), nem precisa ser sociologicamente configurado como “lumpen proletariado” ou “pequeno burguesia vacilante”, para lembrar as figuras de uma linguagem simplificadora. O proto-fascista brasileiro é aquele que não quer receber em sua casa comum – a democracia brasileira – estes que não que reconhecem mais o seu antigo lugar, os pobres e os negros.

Há uma violência inaudita no ato do jornal liberal “O Estado de São Paulo” em punir com a demissão Maria Rita Kehl, por escrever um artigo em prol da dignidade dos pobres. Esta violência, que está muito distante do proclamado pluralismo mesmo restrito de alguns liberais, cheira a proto-fascismo, este ato que pretende abolir as razões públicas dos pobres simplesmente negando dignidade a eles.

A força da liberdade que hoje mora no coração dos brasileiros, os braços abertos do Cristo Redentor e o que há de imaginação e magnífica pulsão de vida na cultura popular dos brasileiros são os verdadeiros antídotos contra as figuras do ódio do caluniador.Por detrás da sua máscara, o povo brasileiro há de reconhecer os centenários adversários de seus direitos.

Diante do caluniador, somos todos hoje Dilma Roussef!

quarta-feira, outubro 13, 2010

Paulo Preto quer falar contigo, Serra

Do viomundo

No JN, a “paginação” dos sonhos de Serra
por Luiz Carlos Azenha

O Jornal Nacional escondeu, mais uma vez, o Paulo Preto.
Nenhuma reportagem investigativa, nenhuma entrevista a respeito, absolutamente nada. Nem um segundinho sequer.

Presumo que o PT já sabia que seria assim, nesta campanha: Erenice, 1.435 manchetes e reportagens investigativas; Paulo Preto quem?

Porém, hoje me chamou a atenção a paginação do jornal.

O JN deu longa cobertura ao resgate dos mineiros, com todos os detalhes religiosos (crucifixos, orações, etc).

Break para a propaganda eleitoral.
Propaganda de José Serra com apelo “religioso”.
Propaganda de Dilma Rousseff.
Bloco policial.

Cobertura eleitoral, com José Serra falando em “união nacional”, à chilena.
Pesquisa com queda de Dilma e ascensão de Serra, comparando um Ibope de segundo turno hipotético com o Ibope de um segundo turno real.
Pano rápido.

É conferir para ver se existe nisso algum padrão kameliano.

Boateiro tem nome e sobrenome: email contra Dilma partiu da extrema-direita

Do Escrevinhador

Boateiro tem nome e sobrenome: email contra Dilma partiu da extrema-direita

publicada quarta-feira, 13/10/2010 às 20:21 e atualizada quarta-feira, 13/10/2010 às 20:30



Não é difícil rastrear os caminhos da boataria que atingiu Dilma Rousseff, poucas semanas antes do primeiro turno. A campanha do PT parece não ter levado a sério a ameaça. E a  boataria e as calúnias prosseguem.
O jornalista Tony Chastinet – colega com quem tive o prazer de dividir o prêmio Vladimir Herzog em 2007, e com quem produzi a série de reportagens sobre as centrais clandestinas de tortura durante a ditadura – fez um levantamento minucioso sobre a origem de um desses e-mails caluniosos. Não precisou de dinheiro, nem de ferramentas especiais. Usou basicamente o “Google”. Gastou alguns minutos e usou a experiência de quem já investigou dezenas e dezenas de picaretas em suas reportagens investigativas.
Tony Chastinet descobriu que o email partiu de gente ligada à extrema-direita. Gente com nome, sobrenome e endereço. Confiram…

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O CAMINHO DA CALÚNIA
por Tony Chastinet

Recebi ontem à noite um daqueles e-mails nojentos e anônimos, que estão circulando na internet, com calúnias contra a candidata Dilma Roussef. Decidi gastar alguns minutos para tentar identificar os autores. Consegui, e repasso abaixo as informações sobre os autores da baixaria – incluindo as fontes da pesquisa.
Há um e-mail circulando na internet com o seguinte título: “Candidatos de esquerda”. Na mensagem há uma série de calúnias contra Dilma, e o pedido para se votar no Serra. Também recomenda a leitura do site http://www.tribunanacional.com.br/.

Entrei na página e de cara me deparei com aquela foto montada da Dilma ao lado de um fuzil. Uma verdadeira central de calúnias ligada à extrema direita. Vejam uma amostra neste link http://www.tribunanacional.com.br/v2/editorial/a-terrorista/.

O e-mail foi enviado para minha caixa postal na noite de domingo. O remetente é um tal de Ingo Schimidt (ingo@tribunanacional.com.br). O site está registrado na Fapesp em nome do “Círculo Memorial Octaviano Pinto Soares”.

Essa associação tem CNPJ (026.990.366/0001-49), está localizada na SCRN, 706-707, Bloco B, Sala 125, na Asa Norte, em Brasília. O responsável pelo site chama-se Nei Mohn. Em uma pesquisa superficial na internet, descobre-se que ele foi presidente da “Juventude Nazista” em 1968. Era informante do Cenimar e suspeito de atos de terrorismo na década de 80 (bombas em bancas de jornais e outros atentados feitos pela tigrada da comunidade de informações). Também foi investigado por falsificar o jornal da Igreja Católica, atacando religiosos que denunciavam torturas, assassinatos e desaparecimentos (vejam abaixo nas fontes).

Nunca foi investigado e sequer punido pelas barbaridades que aprontou. Para isso, contou com a proteção dos militares e da comunidade de informações para abafar os escândalos e investigações.

Prossegui na pesquisa e descobri que o filho de Nei, o advogado Bruno Degrazia Möhn trabalha para um grande escritório de advocacia de Brasília contratado por Daniel Dantas para representar o deputado federal Alberto Fraga (DEM) em ação no TCU movida pelo deputado para tentar impedir a compra de ações da BRT/OI pelos fundos de pensão.

Interessante essa ligação entre a extrema direita, nazistas e Daniel Dantas. Mas tem mais.
No registro do site ainda há outros dois nomes apontados como responsáveis pela página: Antonio Afonso Xavier de Serpa Pinto e Zoltan Nassif Korontai.

Serpa Pinto trabalha na Secretaria da Fazenda de Mato Grosso. Korontai é responsável pelo site http://www.projetovendabrasil.com.br/. É um negócio estranho como pode ser visto na página da internet. Ele atua na área de tecnologia e fez concurso para analista de sistemas no TRE do Paraná.
O cadastro do site dele está em nome da CliqueHost Internet Hosting e Eletro Eletrônicos (CNPJ 008.144.575/0001-90 – Avenida Doutor Chucri Zaidan, 246, SL 18, São Paulo). O responsável chama-se Frederich Resende Soares Marinho.

 Marinho é consultor de informática e trabalha em Piraúba (MG). Há uma série de reclamações de que ele vendeu hospedagens de site e não entregou o serviço. Ele é membro da Assembleia de Deus em Sorocaba.
 Outro dado interessante: Ingo coloca um link no e-mail para quem não quiser mais receber as mensagens. Esse link aponta para o seguinte endereço: ingo.newssender.com.br. Newssender é um serviço de marketing eletrônico (leia-se spam) registrado e vendido pela Locaweb Serviços de Internet S/A. O curioso é que é o mesmo provedor que hospeda o site do candidato tucano.
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Fontes:
– Tribuna Nacional – Dados do Registro.br
domínio: tribunanacional.com.br
entidade: Círculo Memorial Octaviano Pinto Soares
documento: 026.990.366/0001-49
responsável: Nei Möhn
2 – Nei Mohn
Matéria Veja de 1980 – http://www.arqanalagoa.ufscar.br/pdf/recortes/R06814.pdf
Matéria da Isto É de 1982 – http://www.arqanalagoa.ufscar.br/pdf/recortes/R03648.pdf
3 – Filho de Nei
Bruno Degrazia Möhn (OAB/DF 18.161)
Trabalha no escritório Menezes e Vieira Advogados Associados – http://www.migalhas.com.br/mostra_noticia_articuladas.aspx?cod=11457 – artigo defesa ppp
Escritório contratado por Dantas no caso BRT – http://www.anapar.com.br/noticias.php?id=6602
4 – Antonio Afonso Xavier de Serpa Pinto
Funcionário da secretaria estadual da fazenda de mato grosso
http://app1.sefaz.mt.gov.br/Sistema/Legislacao/legislacaopessoa.nsf/2b2e6c5ed54869788425671300480214/88e35b271696c3bf0425738500423ded?OpenDocument
5 – Zoltan Nassif Korontai
Site dele – http://www.projetovendabrasil.com.br/?pg=calculadora-de-ivestimento&p=253
Dados do registro.br
domínio: projetovendabrasil.com.br
entidade: CliqueHost Internet Hosting e Eletro Eletrônicos L

Monsenhor Serra

Do Com Texto Livre

Charge Aroeira

E se Serra ganhasse?

Do Na prática a teoria é outra

E se Serra ganhasse?

Aproveito o feriado para mandar um texto longo. Está bem difícil ter tempo para escrever, por isso queria deixar esse aqui logo no começo do segundo turno, para se ficar alguns dias sem postar nada. São, em um certo sentido, minhas razões para não votar no Serra. Minhas razões para votar na Dilma, além dos números, já expus aqui.
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O povo brasileiro mandou a eleição para o segundo turno porque queria Ghandi, mas ao invés disso corre o risco de ganhar Bush. O risco de derrota da Dilma, representante de um governo absolutamente bem-sucedido, com números excelentes a seu favor, e popularíssimo, é só esse: que as pessoas que votaram na Marina porque queriam mandar um recado para a Dilma (recado dado) continuem votando contra ela sem perceber que, do que Marina via de ruim em Dilma, há muito mais em Serra.

Isso já aconteceu, e teve consequências trágicas. Em 2000, depois daqueles escândalos todos do governo Clinton, muita gente preferiu votar no candidato verde, Ralph Nader, ou decidiu não votar, e acabou dando a vitória a Bush. Não é que os Democratas não merecessem um puxão de orelha, é que os objetivos dos que votaram em Nader teriam sido muito melhor atendidos votando em um ambienatalista convicto como Al Gore do que em um depredador compulsivo do meio ambiente como Bush; e o que é o escândalo Lewinski comparado ao fato de que Bush invadiu o Iraque, e deu a reconstrução para firmas ligadas ao vice-presidente dele?

Pois bem, o que é, nesse momento, a candidatura José Serra? Se ele conseguir virar os pontos que o separam de Dilma, o que seria o governo brasileiro pelos próximos quatro anos? Façamos o exercício.
Em primeiro lugar, seria um governo indiscutivelmente de direita. José Serra não é, historicamente, um cara de direita, muito pelo contrário. Mas qualquer veleidade de progressismo que Serra possa ter tido na vida foi ao lixo quando, no último debate, ele resolveu perguntar a Dilma se ela acreditava em Deus. Peço desculpas públicas aqui ao Índio da Costa: faz um mês que o Serra Palin é o próprio Serra.
Essa turma da direita religiosa, em caso de vitória do Serra, vai poder dizer, com toda razão, que, se não fosse por ela, Serra não teria sido eleito. Isso quer dizer: espaço no governo para toda essa turma aí. Essas pessoas vão decidir coisas sobre política de combate à AIDS (justo isso, em que o Serra tinha se destacado), sobre pesquisa com célula-tronco.

E quem garante que o cara de Igreja será da sua Igreja? E se ele resolver usar o Estado para promover a Igreja dele contra a sua? O Estado laico foi inventado, entre outras coisas, para proteger as religiões umas das outras. Quando uma seção da CNBB, ou uma igreja evangélica menor, começam uma briga dessas, ignoram o que o Vaticano, ou as Protestantes históricas, aprenderam do jeito mais difícil, por mais que digam o contrário: que é melhor o Estado não ser de nenhuma religião do que ser da religião contrária à sua.
E quem é que vinha defendendo esse negócio de jogar pesado mais à direita? O DEM (quem mais?). César Maia bateu palmas com emoção para a campanha dos e-mails religiosos (chequem o Ex-Blog). E um eventual governo Serra teria que dar emprego a todos os DEMsempregados, os políticos do DEM recém-derrotados nas urnas por sua oposição radical e destemperada ao Lula.

A esse respeito, e se quiserem saber o que seria um governo com preponderância do DEM, leiam o artigo do André Urani, respeitado especialista na economia do Rio de Janeiro (e, que eu saiba, nada petista) no DIA de ontem. Vejam essa:
Segundo os dados mais recentes do IBGE, referentes a 2009, 540.000 moradores da região metropolitana do Rio de Janeiro são indigentes, ou seja, “vivem” com menos de 3,74 Reais por dia. Este número tem caído, mas num ritmo bem menor do que em outras partes do Brasil. Há pelo menos três razões para tanto:
1. O Bolsa Família demorou para aterrissar por aqui, por conta das birras que (até recentemente) caracterizaram as relações entre as diferentes esferas de governo. Em outras palavras, Cesar Maia pouco ou nada fez para que os benefícios do Bolsa Família chegassem aos cariocas mais necessitados (e esta é apenas uma das explicações para seu castigo eleitoral); [leiam o resto do artigo, recomendo; ênfase minha]
Aí alguém pode dizer: ah, mas a direita tem suas qualidades. Certo, seria um saco aguentar os fundamentalistas, e o Reinaldo Azevedo achando que teve razão o tempo todo, mas, descontada essa margem analfabeta, a direita pode colocar um monte de economistas da PUC lá no governo, e os caras podem fazer reformas liberais boas para o país, e podem administrar com competência, como já fez, por exemplo, o Armínio Fraga durante o segundo governo FHC.

Pois é, essa seria a racionalidade do voto liberal em geral. Mas isso não é um cenário provável sob Serra. Na hora em que achou que ia perder feio mesmo (mais quinze dias de campanha e ele ficaria em terceiro lugar), Serra fez promessas que agora teria que cumprir: salário mínimo de 600 reais, dobrar o alcance do Bolsa-Família, dar um décimo-terceiro ao Bolsa-Família.

Todos, repito, todos os economistas do partido de José Serra  - e, aliás, todos os outros, provavelmente – sabem que isso seria desastroso para as contas públicas. Se você não votou em Lula até 2002 para ele não quebrar o país, não tem porque votar em Serra agora.

Nenhum economista ligado a Marina jamais considerou essas propostas viáveis. Se não acreditarem em mim, perguntem ao Ricardo Paes de Barros, que assessorou a Marina na área de políticas sociais, ou ao Eduardo Giannetti, que ajudou a redigir seu programa econômico.

Se Serra ganhasse e simplesmente dissesse, mal aí, não vou fazer nada disso, era sacanagem, hehehe, cês também são tudo tonto, só falta também terem acreditado que eu sou religioso, abrir-se-ia uma crise política de grandes proporções. Se Serra ganhar, vai ser por pouco, o que quer dizer que metade da população vai estar puta com ele desde o primeiro dia. Se ele me apronta uma dessas logo de cara, cai.

Mas, na verdade, há como ele fazer isso. É só ele dar todas essas “bondades” e, para mostrar que sempre foi mesmo de esquerda, afrouxar a política econômica, deixando a inflação voltar. O Roberto Freire, do PPS, que há anos diz que o PT é a direita do espectro (o que fez o PT ser a direita do espectro foi o Lula não dar muitos cargos ao PPS), iria à loucura de felicidade no seu Ministério de Combate à #SABOTAGEM, que ele ganharia para ficar lá como símbolo de como o governo Serra dá espaço para todo mundo, ó só, tem até comunista aqui.

Em poucos meses, esses 600 reais valerão menos que 300, o governo vai dar um jeito de livrar a cara dele, a turma que tem grana vai pagar o banco para protegê-la da inflação, e o Serra pode, inclusive, nunca mais reajustar os 600 paus, sem ninguém dizer que ele não cumpriu a promessa.

Claro, se ele fizer isso, o Brasil perde credibilidade internacional na hora. Esqueçam esse negócio de BRICs. Esqueçam o bom trabalho que vem desde o segundo governo FHC, passando por toda a era Lula, durante a qual, vale dizer, o Serra foi contra a política econômica o tempo todo. Esse investimento estrangeiro todo que está para aparecer aqui vai pela janela na hora, sei lá, para o Chile, e algum desses fundamentalistas vai dizer que isso aconteceu porque Deus nos puniu pela Dilma querer matar criancinhas, e o ministério do Roberto Freire será acionado.

Mas, até aí, alguém poderia dizer, certo, o fundamentalismo seria um saco, o Reinaldo Azevedo seria um saco, e eu perderia o emprego, mas, ainda assim, eu quero combater a corrupção, e o PT da Dilma e do Lula se envolveu em vários escândalos de corrupção. Se eu votar no Serra, eu não consigo um governo menos corrupto?

Bom, meu amigo, aí é que você está ferrado, mesmo. O PT se envolveu em vários escândalos de corrupção, é fato, e que bom que trouxeram o Ciro Gomes para a campanha para poder dizer isso com mais desenvoltura. Mas votar no Serra resolve isso?

Tanto quanto sei, o Serra não é pessoalmente corrupto, mas, até aí, tampouco o são FHC, Lula, ou Dilma. Como já disse, se Serra vencer, vai ter que empregar todos os DEMsempregados. Ninguém ali é cotado para a presidência da Transparência Brasil. Mas mesmo o DEM e o PSDB diminuíram muito de tamanho, de maneira que, para governar, Serra teria que se aliar a exatamente os mesmos partidos com os quais o PT se envolveu, por exemplo, no mensalão. Esses partidos já eram da base do governo FHC, que também teve que cooptá-los, sabe Deus como. É impossível pensar que esse pessoal, que se vendeu ao PT, não se venda ao PSDB, ou não entre para o DEM quando ele voltar a ser governo.

Se você não acredita em mim, é só ver como a oposição recebeu com entusiasmo amoroso todos os corruptos que o Lula foi deixando pelo caminho, por um motivo ou por outro. O Quércia está com o Serra em São Paulo, indicou a vice do Kassab. O Roberto Jefferson deu os minutos do PTB na TV ao Serra – e, creiam em mim, vai cobrar por isso. E, depois que não teve mais o Arruda para apoiar em Brasília, o Serra fechou com o Roriz. Esse mesmo.

Eu sou petista, e gostaria muito de poder dizer que no PT não tem corrupto, mas não posso. Todos os membros de um eventual governo Dilma teriam a estatura ética de Marina Silva? É claro que não (eu também não tenho). Mas isso não seria verdade, tampouco, de um eventual governo Marina Silva (já nem falo de um eventual governo Serra), que, se eleita, teria que fazer alianças, como Serra, como Dilma.
Só o que eu me sinto seguro de dizer é que o PT não é especialmente corrupto: não é, nem de longe, um dos partidos mais corruptos do Brasil – chequem os números dos tribunais, outro dia um leitor colocou aqui na caixa de comentários, e vejam que até que o PT é bem acima da média, que, é verdade, é vergonhosamente baixa. Marina sabe que Serra não leva vantagem nenhuma sobre Dilma nesse quesito,  daí sua irritação com os dirigentes do PV que começaram a negociar preço com o Serra.

Há, ainda, outra coisa que se pode temer em um governo José Serra: seria um governo divisivo. Os governadores eleitos pelo PT não precisam se preocupar com perseguição, porque, se Serra for eleito, sua prioridade desde o primeiro dia será cortar as asas de Aécio. Serra não é bom costurador de alianças, uma habilidade necessária em um presidente. Quando Serra começou a pintar como candidato à sucessão de FHC, se meteu em uma articulação na eleição para a presidência da câmara que acabou por desmantelar a aliança construída por Fernando Henrique, o que só foi finalizado com o caso Lunus. Todos lembram do incrível olé que Serra quis dar nos aliados na escolha do vice esse ano, e da extraordinária incompetência que marcou o processo todo: justiça seja feita, Índio da Costa não fez nenhuma besteira comparável às que levaram ao processo de sua escolha como vice (isso não é uma piada com ele, é uma piada com o PSDB e o DEM). O DEM, aliás, protagonizou outro episódio semelhante na chapa de Gabeira no Rio, que acabou com Gabeira e César Maia derrotados. Presidente precisa saber amarrar aliança: tanto FHC quanto Lula foram mestres nisso.

Em outro cenário, talvez José Serra pudesse fazer uma boa presidência. Já começo a duvidar disso, porque as demonstrações de caráter de Serra nessa campanha foram todas, da primeira à última, péssimas, e a própria Eliane Cantanhede já escreveu que ele não tem estabilidade emocional para ser presidente. Mas o principal é que a campanha de Serra até agora foi feita na direção oposta do que se poderia esperar de alguém com sua história, e as alianças feitas e os favores devidos durante a campanha certamente seriam cobrados. Não há dúvida, por exemplo, que dentro da aliança serrista, a virada de uma eleição que parecia pedida será creditada à virada conservadora.

Uma hora o PSDB vai voltar a vencer a presidência, ou novos partidos se formarão, e algum vai vencer o PT. O ciclo econômico vai virar, um monte de merda pode acontecer, cedo ou tarde o PT perde (e, enventualmente, volta a ganhar, e assim vamos). Mas dessa vez, minha impressão é que ninguém ali se preparou para a vitória – essas propostas de 600 reais, esse negócio de brigar com a Bolívia,  são de gente que acha que não vai ter que cumprir nada, porque vai perder. Eles foram para o segundo turno no susto, por causa da Marina, que defendia propostas muito diferentes das suas. Se vencerem, não está com cara de que saberão o que fazer.

Talvez o PT merecesse o castigo de um segundo turno em que Marina Silva nos desse um suor, e talvez vencesse. Mas isso já não aconteceu, embora Marina tenha soado um sinal de alerta de que, embora o governo tenha boa aprovação, ninguém está cego para seus problemas.Dilma seria uma imbecil se não levasse esse alerta em conta em seu governo. Mas pensando no que seria um governo Serra, percebe-se que a alternativa na mesa é muito menos marineira do que Dilma.
Aliás, ninguém precisa acreditar em mim. Já mostrei isso aqui pra vocês hoje?

Ah, já? Foi mal, esqueci.
O que temos a oferecer como defesa da Dilma são nossos números, e os argumentos acima, para que, se você resolva mesmo votar no Serra (o que, naturalmente, é seu direito), saiba bem o que está fazendo.
PS: tudo isso aí em cima é supondo que o colesterol do Serra esteja bom, e ele complete o mandato. Se não estiver, meu amigo, aí é salve-se quem puder. Nesse cenário, a Regina Duarte é um poço de tranquilidade zen comparada a mim.